Marketing médico: código de ética no digital

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Você quer saber mais sobre estratégia de marketing e marketing digital na área da saúde? Diferente de como ocorria há alguns anos, muitos médicos começaram a buscar maior compreensão do marketing digital para ser aplicado em suas áreas, especialmente cirurgiães plásticos, dermatologistas, nutrólogos e endocrinologistas, que normalmente contemplam mais o setor de estética. E apesar da primeira dúvida normalmente ser em como usar o Instagram como ferramenta de divulgação, a primeira informação precisaria ser sobre o que determina o Código de Ética Médico, a fim de evitar uma sindicância ou um processo ético-profissional no Conselho Federal de Medicina (CFM) no futuro e possíveis sanções.

Com a concorrência aumentando constantemente diante do surgimento de novas faculdades particulares de medicina e com a atuação de outros profissionais da área da saúde, é normal que o médico recorra também ao marketing digital para alavancar sua atuação, aumentar suas consultas e conquistar novos pacientes. Entretanto, pensando inclusive no bem do paciente, é fundamental que algumas regras sejam respeitadas e que o profissional não busque apenas cursos de marketing, mas sim cursos de marketing digital para profissionais da saúde, que considere todas as peculiaridades da profissão.

O que o médico não pode fazer, por exemplo? Entre as restrições existentes, citamos as principais a seguir:

  • Divulgar especialidade sem possuir o devido Registro de Qualificação de Especialidade (RQE);
  • Induzir o paciente a crer que possua uma especialidade não comprovada;
  • Divulgar mais que duas especialidades, ainda que possua uma terceira;
  • Divulgar fotos dos pacientes de maneira midiática, ainda que possua autorização prévia;
  • Divulgar quaisquer conteúdos que permitam a identificação do paciente, desrespeitando o sigilo do prontuário e da relação médico-paciente;
  • Exercer um papel de influencer no meio digital ou promover uma publicidade que configure a medicina como atividade secundária.


É importante falarmos também que as restrições acima não se relacionam somente a divulgação feita através do carimbo profissional, de receituários ou panfletos, mas também nas redes sociais e divulgações digitais, como Instagram, Facebook, Google, entre outros. É importante para o profissional médico perceber que o seu marketing na área da saúde precisa estar condizente com o grau de entendimento e instrução da população em geral, evitando a configuração como publicidade enganosa, muitas vezes até ultrapassando as barreiras éticas e esbarrando também em infrações criminais.

Infelizmente muitos profissionais de publicidade e marketing não compreendem as limitações na área médica, ocasionando depois consequências ao médico, que como o Código de Ética Médico também prevê, não pode responsabilizar terceiros que não tenham qualquer comprometimento com o sigilo médico. Portanto, o ideal é que o profissional ainda que contrate uma agência de marketing médico, tenha ao menos os conhecimentos primários no setor, através de cursos e consultorias.

Além disso, diferente do que muitos acreditam, o marketing digital médico vai além do uso do Instagram e pode ter melhor eficácia quando utilizada as plataformas próprias de marketing na área da saúde.

Autor

  • Nathália Cirne

    MBA em Gestão e Desenvolvimento Empresarial pela UFRJ; Especialista em Marketing e Design Digital pela ESPM e em Gestão em Saúde pela UniAmérica, Bacharela em Projeto de Produto em graduação-sanduíche com MSc. em Design per il Sistema Moda pela Politecnico di Milano. Discente do MBA em Digital Business na USP, das Especializações em Psicologia Organizacional e Gestão de Equipes na PUC e em Neurociências e Psicologia Aplicada na Mackenzie, das Graduações em Sistemas de Computação pela UFF e em Biomedicina e em Nutrição no IBMR.

Nathália Cirne

Author: Nathália Cirne

MBA em Gestão e Desenvolvimento Empresarial pela UFRJ; Especialista em Marketing e Design Digital pela ESPM e em Gestão em Saúde pela UniAmérica, Bacharela em Projeto de Produto em graduação-sanduíche com MSc. em Design per il Sistema Moda pela Politecnico di Milano. Discente do MBA em Digital Business na USP, das Especializações em Psicologia Organizacional e Gestão de Equipes na PUC e em Neurociências e Psicologia Aplicada na Mackenzie, das Graduações em Sistemas de Computação pela UFF e em Biomedicina e em Nutrição no IBMR.