Apesar do tema “saúde mental” ser frequentemente abordado, não é algo
simples de se falar. Existem muitas questões por trás do assunto,
principalmente quando está relacionado ao trabalho.
Analisando superficialmente o ambiente empresarial pode se tornar um dos
responsáveis por problemas relacionados a saúde mental de seus
colaboradores. Seja por divergências internas, baixa remuneração ou pela não
valorização do serviço realizado pelo funcionário.
O aumento dos pedidos de demissão
Mesmo vivendo uma pandemia, e existindo 13 milhões de desempregados no
Brasil, cerca de 500 mil funcionários pedem as contas por mês.
O que será que leva alguém a pedir as contas nessa situação econômica que
estamos vivendo? Levando em consideração, que quando uma pessoa pede
demissão, ela acaba saindo com uma rescisão extremamente baixa e em
certos casos, até zerada.
Certamente, para arriscar dessa forma, muitos possuem segurança financeira.
Mas esse não é o questionamento que gostaria de levantar. Precisamos refletir
mais profundamente sobre o que tem causado esse fenômeno.
Arrisco dizer que o estresse no trabalho esteja causando isso. Muitas pessoas
relatam que para priorizar sua saúde mental, decidiram pedir as contas ou
aceitaram funções com um salário menor.
Qual o papel das empresas nesse cenário?
Companhias que possuem uma alta rotatividade de funcionários, acabam não
sendo muito indicadas para trabalhar. Essas mudanças frequentes, também
afetam diretamente o dia a dia e o faturamento da empresa.
Por isso, cada vez mais, grandes empresas têm investido em atitudes para a
permanência de seus colaboradores. Existe uma onda forte em kits
admissionais, entre outros “mimos” que novos funcionários vêm recebendo.
Passando poucos minutos no feed do Linkedin, é possível notar.
Com certeza, isso não é o suficiente para valorizar o trabalho de um
profissional. Afinal, de nada adianta oferecer “presentes” se o esforço diário
não tiver reconhecimento.
Algumas empresas investem em benefícios, como terapia online, o que é
extremamente válido. Para tentar resolver o problema de forma mais imediata.
Porém, investir em prevenção sem dúvida é o melhor caminho.
Quais atitudes as empresas podem tomar prevenir esse problema?
Para a prevenção desse desgaste emocional e a valorização da saúde mental,
as empresas podem tomar medidas que possivelmente irão aumentar o tempo
de permanência dos seus funcionários.
Valorizar esforço e não apenas amizades: é comum ver em muitas
empresas o crescimento de profissionais por “coleguismo”. O famoso “puxa
saco” tem destaque dentro de equipes que priorizam amizades, e não o esforço
profissional. Com isso, os bons profissionais desanimam e acabam procurando
oportunidades mais atrativas.
Gestores com uma visão mais humanizada: gerir pessoas não é simples.
Alguns gestores pecam na forma de cobrar a sua equipe. Inclusive, até
praticam assédio moral. Investir em pessoas que saibam realizar feedbacks
com a equipe de forma adequada e humanizada, é um ótimo negócio!
Remuneração atrativa e benefícios: esse é o básico, e talvez o principal
determinante no tempo que uma pessoa ficará em determinada companhia.
Não sejamos hipócritas, todos se importam e precisam de dinheiro.
Sempre é bom lembrar que: décimo terceiro, FGTS e férias remuneradas são
direitos trabalhistas, e não benefícios. Infelizmente, algumas empresas
parecem não saber disso.
Oferecer uma remuneração realmente atrativa, em relação ao mercado, e um
pacote de benefícios, tornará a jornada do profissional muito mais duradoura.
Plano de carreira: a possibilidade de ascender profissionalmente, é um fator
essencial para a permanência de um funcionário. Ter as habilidades e
conhecimentos, reconhecidos no ambiente empresarial, é ótimo para qualquer
área e função.
Como citei no início do texto, não é tão simples assim falar de saúde mental,
ainda mais no ambiente empresarial. Nem sempre todas essas sugestões
serão o suficiente para garantir qualidade de vida para os trabalhadores.
De certa forma, essas mudanças acompanhadas de respeito, ética,
responsabilidade e profissionalismo, podem trazer retornos significativos. Tanto
para os empregados, quanto para o empregador, resultando na melhora dessa
relação.
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Referências Bibliográficas:
CARBINATTO, B. “Saúde mental no trabalho: um guia para empresas“, VOCÊ S/A, 2022. Disponível em: https://vocesa.abril.com.br/carreira/saude-mental-no-trabalho-um-guia-para-empresas. Acessado em: abril, 2022.
SOARES, M. “Eu me demito: fenômeno da grande resignação chega ao Brasil“, VOCÊ S/A, 2022. Disponível em: https://vocesa.abril.com.br/economia/eu-me-demito-fenomeno-da-grande-resignacao-chega-ao-brasil. Acessado em: abril, 2022.